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Chupeta faz mal?

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Chupeta faz mal? Saiba aqui!

A chupeta é um dos itens mais comuns na vida dos bebês e das crianças pequenas. Ela tem sido usada por gerações, trazendo alívio para os pequenos em momentos de agitação, sono ou desconforto. No entanto, o uso prolongado da chupeta sempre gerou muitas dúvidas e controvérsias entre pais, pediatras e especialistas em odontologia. Afinal, a chupeta faz mal? Quais são os benefícios e os potenciais problemas associados a ela?

Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o uso da chupeta, seus prós e contras, e quando é o momento certo de retirá-la da rotina da criança.

Por que os bebês gostam tanto da chupeta?

Para entender o impacto da chupeta, é importante compreender por que os bebês têm uma relação tão forte com ela. O ato de sugar é um reflexo natural presente nos bebês desde o nascimento. Esse reflexo é essencial para a amamentação, mas também tem uma função de conforto. Sugar acalma os bebês e os ajuda a se sentirem seguros.

A chupeta, então, entra como uma solução prática para quando o bebê não está com fome, mas precisa de algo para sugar e se acalmar. Ela oferece um alívio rápido em momentos de choro ou irritação, e muitos pais relatam que seus filhos adormecem mais facilmente com a ajuda da chupeta.

Benefícios do uso da chupeta

Embora o uso da chupeta tenha suas desvantagens, há alguns benefícios que são importantes destacar, especialmente nos primeiros meses de vida do bebê.

  1. Ajuda a acalmar o bebê A chupeta tem um efeito calmante imediato sobre o bebê. Ela pode ser uma grande aliada para pais que precisam acalmar o filho rapidamente em situações estressantes, como em consultas médicas, viagens ou momentos de dor (como cólicas e vacinas).
  2. Ajuda a induzir o sono Muitos bebês adormecem mais facilmente ao sugar a chupeta, o que pode ajudar bastante na rotina de sono, tanto para o bebê quanto para os pais.
  3. Redução do risco de morte súbita Estudos mostram que o uso de chupeta durante o sono está associado à redução do risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI). Ainda que os motivos para essa proteção não sejam totalmente claros, acredita-se que o uso da chupeta pode ajudar a manter as vias aéreas do bebê abertas durante o sono, prevenindo possíveis obstruções.
  4. Substituto para o dedo Muitas crianças têm o hábito de chupar o dedo como forma de autoacalmação. Nesse sentido, a chupeta pode ser vista como uma alternativa mais controlável, já que o dedo está sempre à disposição da criança e é mais difícil de retirar o hábito. Já a chupeta pode ser eliminada da rotina aos poucos, com estratégias planejadas.

Os possíveis problemas associados ao uso da chupeta

Apesar de todos os benefícios, o uso da chupeta pode trazer alguns malefícios, principalmente quando usada de forma prolongada ou inadequada. A seguir, falaremos sobre os principais pontos de atenção.

  1. Problemas na arcada dentária Um dos problemas mais conhecidos associados ao uso prolongado da chupeta é o impacto na dentição da criança. O hábito de sugar com frequência pode afetar o posicionamento dos dentes e o desenvolvimento da arcada dentária. Isso pode resultar em mordida aberta (quando os dentes da frente não se encontram ao fechar a boca) ou mordida cruzada (quando os dentes superiores e inferiores não se alinham corretamente).

    Esses problemas podem exigir correções ortodônticas no futuro, como o uso de aparelhos dentários. Por isso, é importante observar o desenvolvimento dos dentes do seu filho e, se necessário, consultar um odontopediatra.

  2. Dificuldade na amamentação O uso de chupeta em recém-nascidos pode interferir na amamentação, especialmente se for introduzida muito cedo. O bebê pode confundir o bico da chupeta com o bico do peito, o que pode atrapalhar a pega correta durante a amamentação. Isso pode resultar em uma diminuição da produção de leite materno e dificuldades no ganho de peso do bebê.

    Por isso, muitos especialistas recomendam que a chupeta seja oferecida apenas após o primeiro mês de vida, quando a amamentação já estiver bem estabelecida.

  3. Infecções e otites O uso frequente de chupetas pode aumentar o risco de infecções, como otite média (infecção de ouvido) e infecções orais. Isso ocorre porque a chupeta pode acumular bactérias e fungos, que acabam sendo introduzidos na boca do bebê. Além disso, o ato de sugar pode alterar a pressão dentro do ouvido médio, facilitando o acúmulo de líquidos e aumentando a probabilidade de infecções.

    Para reduzir esse risco, é fundamental manter a chupeta sempre limpa, esterilizando-a com frequência e substituindo-a assim que apresentar sinais de desgaste.

  4. Dificuldade em retirar o hábito Um dos maiores desafios enfrentados pelos pais é o momento de retirar a chupeta. Muitas crianças criam uma forte dependência emocional da chupeta, o que pode dificultar a transição. O uso prolongado pode, além dos problemas dentários, afetar o desenvolvimento da fala e a independência emocional da criança.

    O ideal é que a chupeta seja retirada gradualmente, até os 2 ou 3 anos de idade, para evitar impactos mais sérios na saúde bucal e no desenvolvimento da criança.

Quando e como retirar a chupeta?

Retirar a chupeta pode ser um processo desafiador, mas com paciência e algumas estratégias, é possível fazer essa transição de maneira tranquila para a criança.

  1. Escolha o momento certo Evite retirar a chupeta em momentos de estresse ou mudanças significativas na vida da criança, como o nascimento de um irmão, início da escola ou uma mudança de casa. Escolha um momento em que a rotina da criança esteja mais estável.
  2. Reduza o uso gradualmente Ao invés de retirar a chupeta de uma só vez, tente reduzir o uso aos poucos. Comece limitando o uso apenas para a hora de dormir, depois para cochilos e, finalmente, elimine o uso por completo.
  3. Substitua por outros métodos de conforto Ofereça outras formas de consolo e conforto, como um brinquedo favorito ou uma mantinha, que possam ajudar a criança a se acalmar sem a chupeta.
  4. Reforce o comportamento positivo Elogie e recompense a criança sempre que ela conseguir ficar sem a chupeta, incentivando o comportamento positivo. Uma abordagem carinhosa e encorajadora pode fazer toda a diferença.

Conclusão

Afinal, a chupeta faz mal? A resposta depende muito de como e por quanto tempo ela é utilizada. Quando usada com moderação e retirada no momento certo, a chupeta pode ser uma aliada no desenvolvimento emocional da criança. No entanto, o uso prolongado ou inadequado pode trazer consequências para a saúde bucal e dificultar a transição para uma rotina sem a chupeta.

Se você tem dúvidas sobre o uso da chupeta ou percebe alterações na dentição do seu filho, converse com um odontopediatra. O profissional poderá orientar sobre o melhor momento para retirar a chupeta e garantir que o sorriso do seu filho continue saudável e bonito.